ah... posso chamar de 'liberdade poética' continuar usando o português que eu aprendi na escola? tenho apego com alguns hífens e acentos. :)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

brisez mon coeur

(do francês: esmaguê o meu coração)

Quando eu tinha dez anos, meu pai e eu fomos a Paris(...). Ficamos em um hotel bacana, e ele disse que eu podia comer o que eu quisesse no café da manhã (batata frita). Fomos ao museu Pompidou, à Torre Eiffel e ao Museu do Louvre. Foi maravilhoso. No avião de volta para Londres, meu pai me perguntou se eu sabia o motivo de viajarmos, só eu e ele, para um fim de semana em Paris. Eu disse não. Ele disse: "Eu queria que você visse Paris, pela primeira vez, com um homem que vai te amar para sempre, incondicionalmente." Gwyneth Paltrow

Li nesse blog e morri.
'Invejinha-preta' da sensibilidade desse pai.
( assim se constróem memórias, assim se constrói auto estima... Farda Pretíssima o Sr. Paltrow)

domenico-de-masi_ando

A-rrá! contra fatos científicos não há argumentos! vejam só que fofura essa pesquisa:

Trabalhar demais aumenta risco de demência, diz estudo
Uma pesquisa liderada por cientistas finlandeses sugere que excesso de trabalho pode aumentar o risco de declínio mental e, possivelmente, de demência.
(continue lendo)


I knew it! Não podia ser saudável.

Eu sempre esperneei contra essa cobrança de sermos alguma coisa somente enquanto profissionais de sucesso, produtivos, incansáveis empreendedores. aff... Isso não é ser!

Até que um dia o meu sábio terapeuta me disse que o trabalho não é um fim, é um meio. Fofiiinho! me libertou de toda essa pendenga... trabalho só pra sustentar todas as coisas que realmente valem na vida! ah..assim, sim!

*Ah.. Domenico de Masi é aquele sociólogo italiano que escreveu sobre Ócio Criativo, sabe?
ÍDOLO!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O fim da picada (ainda picando)

Já tá no blog do Miel e no da Sil, mas tem que estar em todos os lugares...


Eu já tinha visto uma experiência semelhante no Child of our times (o genial Crianças do Milênio que passou na GNT), e sou muito observadora desse massacre de auto-estima na vida real. Só que é um assunto que me deixa com tanta raiva, que eu não consigo nem escrever. Como disse o Miel, a gente fica sem saber a quem culpar.
ME PARALISA, EMBRULHA MEU ESTÔMAGO E ME DÁ VONTADE DE GRITAR!
Faça uma criança dessas se sentir diminuída, ou questionar a sua beleza, na minha frente pra vc ver!
Desculpa, não tô conseguindo mesmo escrever numa boa, depois eu volto.

** UPDATE**
ainda tô puta!
querendo botar fogo em barbies loira'guadas!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

manifesto

meio inútil, mas, sei lá, vai que aparece um leitor designer de aeronaves...

Com o advento da farinha láctea, a estatura média do brasileiro aumentou. Pra não falar do diâmetro da bunda.
Nem que a passagem fosse de graça ( e foi.) eu não ia achar justo viajar esmagado desse jeito.
Já basta o ar viciado, o barulho da turbina, o medinho de morrer c'aquele monte de desconhecidos.
Que tal tirar a fileira 29 ( aquela fedorentinha perto do wc, que sequer reclina!) e ganhar espaço, evitando hematomas nos joelhos?
E, assim, já que estamos redesenhando... Não ia bem uma cabine a prova de sons para mamães com crianças de colo?
Eu não tenho nada contra a coitada da criança espernear naquele ar ardido, nariz e ouvidos sob pressão...mas, justo, justo não é, né?

Ah, sorry gente, é que eu só queria ter tido um soninho reparador.
e a criaturinha berrou 1h20min sem parar! benzadeus esses pulmõezinhos!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

tsã

Olha, eu não ia emitir opinião, nem fazer piadinhas, sobre a brasileira-envergonha-nação que se cortou toda na Suiça.
Mas, vejam, entre as estratégias do seu advogado de defesa está a de 'usar o fato de ela sofrer de lúpus como atenuante por seu comportamento'.
Quem assiste House, já sabe:

It's always Lupus.
errata: poderia ser lupus, mas quase nunca é. até pra ficção seria óbvio demais. ( thanks, Sil)

valores

Com essa história de pegar amor ao carro novo, ele ganhou até nome.
Dagoberto é um cara estável, bacana, mas tem se mostrado meio arredio ( período de adaptação, deve ser.)
com a outra mãe do Dagoberto:
- Oi, tudo bem, any news?
- Tudo. Dagoberto se jogou contra um pilar da garagem aqui. Foda.
Mas me levou pra comprar uns biquinis lindos. Então compensou.
- Nossa! o que? Dagoberto? bateu o carro? biquini? onde comprou? puuutz, que ruim... amassou?
- ...
- Achei que Dagoberto fosse um porteiro e fiquei horrorizada que vc comparou uma "vida" a um biquini.

tsã.
Não sabe o que é passar 29 anos e dez meses atrás do biquini perfeito.

beijo me linka ;)

Ó o amigo que não me via há tempos:
- Melissa, vc tá tão nessa onda de blog, que assim, ao vivo, parece um podcast!

Hahaha gracinha!

dor elegante

(Itamar Assumpção e Paulo Leminski)
Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante
Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha
Ópios, edens, analgésicos
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra

Eu era uma desgraça nas matérias de humanas. Quanto mais teoria, pior. (Não me orgulho disso. Pelo contrário, corro hoje para recuperar o tempo perdido, eu vivo cer-ca-da de gente inteligente!)
As aulas de literatura, provavelmente eu passei desenhando menininhas na contracapa das apostilas, mas lembro que vários dos bons escritores morreram tuberculosos, aquela doença dos pulmões. Pra quem não é versado em psicossomática como eu, pulmão se relaciona com tristeza tá? logo...
Tristes! esses fingidores da dor que deveras sentem,né?

Preciso assistir mais umas vezes pra decorar direitinho, mas no filme Romance, o personagem do Wagner Moura, falava algo sobre o amor romântico só ser essa coisa incrível que é, por ser impossível, ou por causa dos obstáculos. Algum pensamento nessa linha... do sofrimento produzindo beleza.

Sabe que eu não gosto muito de sofrimento levando a coisas, mas até faz sentido. Algum sentido.
As vezes, ( veja bem, as vezes ) a felicidade é "morninha", a gente fica confortável, curtindo, nem criar a gente quer...
E em alguns casos, seria melhor mesmo não fazê-lo, vide:
Que vida boa! Sapo caiu na lagoa..
(Victor e Leo - nada contra, mas isso é o cúmulo da criação sob efeito de felicidade morna)

Não é?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Uns fofos?

E então, ontem a Oprah foi sobre 'Porque os homens traem'
tsã.
E o tal do especialista, que conversou com um monte de infiéis conclui que: " 92% percent of men said it wasn't primarily about the sex. The majority said it was an emotional disconnection, specifically a sense of feeling underappreciated. A lack of thoughtful gestures. "

Olha... eu acho que preferia a explicação de que " era só sexo, meu bem..." ( na verdade, eu preferia nenhuma traição, love forever iê-iê-iê )
Dizer que eles são seres muito emocionais e se ressentem da falta de atenção e cuidado que nós, bruxas, dedicamos ao relacionamento? Não sei não...
Pior que, nos últimos tempos, ouví esse tipo de explicação de várias fontes, culminando com o especialista da Oprah. Eles estão roubando a nossa explicação! Essa é a visão feminina, não é não?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

It is in the air

Conversando com um amigo, desses aí do lado, com talento (talentíssimo) com as palavras, eu me "desculpava" pelo meu excesso de... coraçãozice ( esse meu jeitinho, you know)
Apaziguando a ansiedade das minhas desculpas e definindo o clima fofo de dois mil e love ( né, Sil?), ele lança:

- são piegas times...

Amei!
I wanna live forever in piegas times!

Happy Valentine's day

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Mais uma de rigidez

Tem um programa na tv a cabo que dá um banho de loja em alguém indicado por seus amigos/familiares como necessitado de um upgrade imagético.
Nem é o meu programa preferido do gênero ( é o What Not to Wear americano - e americano tem um gosto estranho, os próprios apresentadores são meio cafonas, mas enfim...)
Os indicados, depois de terem seus "estilos" devidamente espinafrados publicamente diante de câmeras e um espelho de 360º, recebem dicas do que lhes cai melhor e 5 mil dólares pra gastar em lojas de NY (entendeu agora porque eu assisto?)
No final da maratona de compras, depois de entender melhor suas proporções e melhorar sua relação com as compras ( tem umas figuras que têm pânico de compras, só compram roupas online, ou herdam coisa velha dos parentes), eles vão para as mão do Nick Arrojo ( adóóro esse nome! que arrojo!) um cabelereiro estrelado, que faz verdadeiros milagres com aquelas aparências mal-cuidadas. E, finalmente, recebem uma aula de maquiagem com a Carmindy.
Ontem, peguei no meio um episódio onde uma babá se auto-nomeou para o programa (!!) Uma jovem grandalhona de 1,85m de pura beleza escondida. Olhos claros, sobrancelha cabeluda, cabelos loiros virgens infinitos-fio-reto-sem-graça. Só comprava roupa online, conformada que nada servia nunca mesmo, manga curta, calça pula-brejo. Oh poor. A fulana tinha uma amargura intrínseca, tadinha!
Foi dureza, um trabalho de psicologia mesmo, convencê-la a experimentar roupas na lojas, aceitar suas proporções, etc... (pensa que moda é coisa superficial? tolinhos!)

Mas eu estava ansiosa mesmo era pela transformação do Arrojo.
Cara...
Não é que a amargona se re-cu-sou a cortar um milímetro daquele cabelo de madalenarrependida?! Ele tentou, foi meigo, mostrou um clipezinho com outras participantes com o mesmo apego à cabeleira e o sucesso do resultado.
Nada. Rígida. Stiff as... as hell.
Ele voltou para o camarim derrotado, desperdiçado.
Carmindy foi lá, fez uma maquiagem da qual miss-bitterness desdenhou.
Terminou o programa com suas roupinhas novas, um pouco menos 'mal-ajambradas' que antes, mas nada de mais.

E eu fiquei muito chocada. Ela mesma tinha se indicado para o programa. E não se permitiu?
é como diz a Sil: Não guenta, não vem.
Eu mesma já fui mais rígida nessa vida ( e olha que eu acho isso muito feio, até mais feio do que burrice!) , espero não ter chegado ao patamar dessa imbecil, porque a rigidez faz a gente perder muito. Dio Santo!
Você, my friend, se me encontrar sendo rígida por aí, pode me dar um safanão! ( hahaha, safanão é 'de suéter', não é?)

Monkey Business

É legal ser atendido por um jovem sorridente e bem treinadinho! É legal ter mil opções pra combinar café, mocha, chá, gordolices, gororobas! É legal tomar a mesma bebida que, sei lá, a britneyspears ( estar no mapa das über redes de consumo..venha H&M, venha GAP, venha IKEA! come to mamma! )
Mas, prestenção:
Tem lá uma bebida que é um chá específico batido no liquidificador com gelo, parecendo uma raspadinha. Tá em falta.
Na minha mente brasileira, se tem chá e tem liquidificador e tem gelo, podia bater e satisfazer a cliente. Correto?
NOPE!
-chá, só com gelo, senhora.
-não pode ser batido?
-não, só com gelo inteiro mesmo, senhooora.


Rigidez dos infernos!
Estrangeiro tem muito disso! MACACO. ( rá! quem diria que tem mais lá do que aqui? hã?)
(E as pessoas me olham assustadérrimas pensando merda. Não é nada disso. É que, se é pra não ter jogo de cintura at all, podia muito bem colocar um animal treinado pra fazer o trabalho)
Nessas horas vai bem um treinamento mais brazuca, esse 'se-virê' que a gente tem entranhado na alma.
- Bate o chá ali pra dona no liquidificador de mocha mesmo... lavô tá novo.
E fica todo mundo feliz pagando 10 reais num copo de chá.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

No meu tempo, eu fui uma mulher muito famosa!*

Eu já disse aqui, que quando eu faço indicações musicais eu não me baseio em critérios paupáveis.
Mesmo quando é um artista que eu gosto há tempos, acompanho e tal, normalmente eu sei pouco da vida do cara. Eu só sei que eu gosto. ( shame on me, um pouco, mas enfim...)

É o caso da Tracy Chapman, que eu acabei citando no post alí embaixo e me deu saudades.
Fui procurar alguma coisa dela pra baixar e dei de cara com um cd novo. Não tão novo, é de 2008. Baixei (não me lembro de não ter gostado de algum trabalho dela. Sua voz me leva pra algum lugar de tons sépia...)

Na segunda música, me deu um aperto na garganta, daqueles quando a gente vai chorar.
Eu ia mandar pra uma amiga, por email. ( lembrei dela, por causa dos Cosmopolitans...)
Mas tem coisa que a gente quer que mais gente veja/ouça.



I DID IT ALL
A Cosmopolitan a Manhattan
Call me one
Pour a round for me and my friends
Cape Cod Sea Breeze Long Island Ice Teas
I won't go there or drink it if you paid me

When they come to waylay me
When they close in for the capture
I did it all, I did it all
For the love and the laughter
I did it all, I did it all, I did it all

Slept in late
Stayed up for days
Partied hard
Lived my twenties in haze
Smoked second-hand in crowded bars
With the A-list of B-list movie stars

When they come to arrest me
Pat me down and undress me
I'll confest without miranda
Strike a pose for the tabloid cameras
I did it all, I did it all, I did it all

I did it all
I didn't ask permission
I did it all
What kind of life
Is not an exhibition
I did it all
Crash and burn
And then you know you're living
I did it all
Some pain a few tears but after
I did it all
To the last line of the final chapter
I did it all, I did it all

My heart is a wound that festers
Seduced my share in silk and polyester
Oh my great loves
And my few losses
I'll tell it all
When my little black book is published

When they come to interview me
For my made for TV movie
Say I'm the bitch who was a bastard
Who did it all for the love and laughter
I did it all, I did it all, I did it all

Além do suspiro e da quase-lagriminha a cada vez que eu ouço, o que eu consigo dizer? que eu quero ter essa voz grave lá no final da minha vida e dizer que "I did it all, for love and laughter", que é só o que importa mesmo.

* Royalties pro Miel, muuuuuito famoso , no tempo dele! (que é agora)

Fast Car

A gente joga fora uma grana quando compra carro zero ( ele já sai da concessionária valendo menos ble ble blééé...)
Mas aquele cheirinho..aquela carinha reluzente...a gente cria amor!

Doeu no bolso, viu? é taxa que não acaba mais... parcela de um monte de coisa ( eu odeio parcelaaar)
Mas se pensar, né? que a gente trabalha é pra isso mesmo... pra gastar com supérfluos de vez em quando, pra liberar essa endorfina do consumo na nossa circulação sanguínea.
Pra dar uma graça extra na vida.
Pra ter vontade até de pegar um pouco de trânsito cantando alto com a Tracy:

'Aiii aiii' had a feeling that I belonged
And I had a feeling I could be someone, be someone, be someone



E eu que tô com saudade dele, lá na garagem? tss...
Não contem comigo pra programas que não sejam drive-thru essa semana.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

vai lá:

ler esse post no Caminho Dourado. agora.

é tão o que eu queria dizer em algumas situações.
please, grow up!

depois volta aqui, que eu te dou um croissant ( se for o caso)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

domingão

Faustão, desde quando Alanis é Alêni Morrissete?

ô-loco-meu! assim vc destrói minhas memórias da juventude.
(pra não falar da vergonha alheia. seu bizarro.)

*UPDATE:
Melissa, quem manda assistir tv aberta no domingo?
aliás, anyday.
Alguém sabia que existe um clone de escolinha do prof Raimundo com Sidney Magal no papel de professor?
ai, as minhas memórias...